"Sou uma Sombra! Venho de outras eras, Do cosmopolitismo das moneras... Pólipo de recônditas reentrâncias, Larva de caos telúrico, procedo Da escuridão do cósmico segredo, Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra. Em minha ignota mônada, ampla, vibra A alma dos movimentos rotatórios... E é de mim que decorrem, simultâneas, A sáude das forças subterrâneas E a morbidez dos seres ilusórios!
Pairando acima dos mundanos tetos, Não conheço o acidente da Senectus - Esta universitária sanguessuga Que produz, sem dispêndio algum de vírus, O amarelecimento do papirus E a miséria anatômica da ruga!
Na existência social, possuo uma arma - O metafisicismo de Abidarma - E trago, sem bramánicas tesouras, Como um dorso de azémola passiva, A solidariedade subjetiva De todas as espécies sofredoras...
Augusto dos Anjos
Gostei do blog, estou postando esse poema para enriquece-lo ainda mais.
MONÓLOGO DE UMA SOMBRA
ResponderExcluir"Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A sáude das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!
Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da Senectus
- Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!
Na existência social, possuo uma arma
- O metafisicismo de Abidarma -
E trago, sem bramánicas tesouras,
Como um dorso de azémola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras...
Augusto dos Anjos
Gostei do blog, estou postando esse poema para enriquece-lo ainda mais.
Blood Kiss.