Minha solidão se sente
Acompanhada da morte
Escrevo poemas nas pipas azuis de papel-arroz
Para que sejam levadas ao céu antes de mim
Peço perdão em um nome
Como se fosse um refém
Condenado a existir na terra
Feito um pacote de água e hidrogênio
O kit básico da indignação por existir
Minha solidão me derrota
Só me exubero no poetar
O meu espírito no criar, levita
Que a solidão tenha piedade de mim
Pois a minha alma a versejar chora
(Você foi o maior dos meus erros
E é como se eu fosse morrer agora)
Silas Correa Leite – Itararé-SP
E-mail: poesilas@terra.com.br
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