sexta-feira, 4 de março de 2011

O amor romântico é como um traje, que como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o  corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceita desde o principio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente  se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Fernando Pessoa

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